sexta-feira, 14 de junho de 2013

Diário de trabalho: Saulus Castro - 13.06.2013

A... a cor do rio... esse cabelo correndo da cabeça do mundo. Estão as duas dores, que nem sempre são. Isso que brota do olho também é rio, cabelo dos olhos. Uma gota não faz diferença na imensidão dormente. Um rosto em mente... perdia a força ou a mesma que volta e derruba gente. Nunca se sabe a dimensão de uma correnteza, nunca se sabe a direção de uma certeza. É água tudo, não importam os remos. Importa estar todo no fundo. E nunca se sabe se é água, ao certo. Vai estando. A cor do cabelo é rio, correndo do olho do mundo e cá fora toda água é frio. Nunca se sabe ao certo quem derramou a primeira dor. Isso que brota do peito é. Certo, não! Não há canoa pro tempo, é sempre naufrágio, nau frágil.

Às vezes é água e às vezes é pedra.




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