"deriva"


"deriva"
   

Há um lugar que não sabemos onde, quando.
Estamos nele.

deriva”. Relações, encontros, a união dos tempos presente, passado e futuro, que passam por nós e nos amadurece, do tempo que [des]constrói as coisas, o mundo, transpôr o próprio tempo-espaço, localizando-os, também, enquanto corpo. É morte e vida, resgate de cicatrizes antigas; o recorte de um sonho onde as memórias revelam e obscurecem nossos próprios corpos. 

Portas se abriram e não somente fora de nós. Pontes nos lançaram no vazio, no vislumbramento de outros interiores, na [re]descoberta de si mesmo, no entanto, à deriva. Seguimos essa “Desordem”, o desnortear-se, e, ao tornar essas pontes livres, caminhamos em direção às nossas memórias percebendo que elas não eram um território do passado, mas que se faziam presentes no momento em que as reencontrávamos. 

Este corpo-memória, em trânsito, esvaziado da ideia, em consequência, convergiu com as referências iniciais, e para além delas. Esaú e Jacó: um corpo em paridade e, como tal, opositivo. Não mais uma história fora de nós, mas um reatar de relações, sentimentos e encontros, retirar roupas antigas, abrir gavetas lacradas, reconhecer-se como tempo e espaço. Derivar-se.



 

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